Não que a palavra seja imperfeita e esteja, em face do visível,
num déficit que em vão se esforçaria por recuperar. São irredutíveis uma ao outro:
por mais que se diga o que se vê, o que se vê não se aloja jamais no que se diz, e por
mais que se faça ver o que se está dizendo por imagens, metáforas, comparações, o
lugar onde estas resplandecem não é aquele que os olhos descortinam, mas aquele
que as sucessões da sintaxe definem.
Michel FOUCAULT
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